segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ATO I – A PIPOCA!


OBS Inicial: estava postergando esse post haja vista que houvera planejado de iniciar esse blog com as fotos do campo de batalha da cozinha, mas em virtude de alguns problemas técnicos (falta de câmera digital e meu celular é uma bosta, e também não arrumei a cozinha), deixarei tais fotos para o próximo post.
Então vamos lá...


Numa noite de um dia qualquer...
Pego-me num daqueles dias extremamente despretenciosos em que tudo que dá vontade de fazer é sentar na frente da TV e assistir algum filme decente (confesso que desisti dos canais abertos há algum tempo, tipo há uns 20 anos, quando os desenhos animados ainda animavam e as reprises da sessão da tarde giravam em torno da “Lagoa Azul” sex apeal  adolescente, “História sem fim”, “Gremlins” eu tinha medo dessa merda, “Karatê kid sss”, “Esqueceram de mim 1,2,3,4,5,6,7,8.......” e por ai vai...eu também assistia Carrossel).
Quanto ao filme até que achei um interessante (salve São Tarantino), a propósito aceito sugestões de bons filmes para acompanhar as próximas merdas que eu fizer  as minhas próximas experiências culinárias; já quanto à comida, haja vista a minha ridícula experiência culinária, a minha falta de aparatos técnicos necessários (vasilhas, e demais utensílios que ainda não sei quais precisarei e também aceito dicas/sugestões/doações..) e o fato de que ao momento em questão a cozinha ainda não estava completamente pronta (e ainda não o está pois falta a coifa/exaustor),  optei pelo prato mais saudável , prático e à prova de erros que qualquer idiota neófito poderia conseguir preparar: PIPOCA! (e notem que também me atentei ao contexto, seguindo a regra de ouro de que o prato deve acompanhar a ocasião, e Pipoca+Filme é quase um dogma.)
Mãos à obra (e que obra)...
Corri no supermercado mais próximo pra comprar os ingredientes; sabia que iria precisar de milho, óleo e sal porque já houvera feito pipoca em ocasiões anteriores (aliás, a título de informação complementar, os únicos “pratos” que já preparei na vida foram pipoca e mingau de maisena). (Momento Cultura Inútil: MaiZena com ‘Z’ é a marca de amido de milho, ao passo que MaiSena com ‘S’ é o amigo de milho em si de forma geral!) ;)
Óleo, escolhi um que mãe sempre usou em casa e cujos detalhes não vêm ao caso; sal nem se fala, mas O MILHO!!! Ah, esse sim deu trabalho...eram tantas opções que fiquei perdido.. cada embalagem queria me convencer  de que era única e inigualável, seu sabor, seu aroma, sua textura... Lendo os rótulos das embalagens ( tentem imaginar essa cena: eu no auge dos meus 30, num supermercado, com ar de entendido, segurando 4 embalagens de MILHO DE PIPOCA e lendo os rótulos como se lesse um artigo científico.. no mínimo exótico) me senti naquelas propagandas de cigarro, no meio de uma plantação gigante, o vento nos cabelos (?????),  aquela sensação de liberdade, sentando no topo de uma gigantesca montanha, o vento mais forte ainda... e com um balde de pipoca na mão.
Fui convencido por uma marca de pipoca premium que dizia o seguinte:
 “Pipoca Premium XXXX é feita para os momentos importantes da vida: suas horas de lazer com a família e amigos. Quentinha e saborosa, ela está sempre presente quando algo de bom está acontecendo. Este produto é feito de grãos especialmente selecionados para fazer uma pipoca maior, mais macia e muito mais gostosa. Tudo que é bom fica melhor com Pipoca Premium XXXX. Feita para ser preparada na panela. NÃO CONTÉM GLÚTEN.”
Obs: ocultei a marca pois ainda não recebi patrocínio da mesma e merchandising de graça nem fudendo.
Caraca...a pipoca fazia tudo isso e além de tudo não continha GLÚTEM (seja lá pra que isso servisse); Era absolutamente impossível não levar.
Já em casa era o momento de botar a ‘mão na massa no milho’.
Separei a panela que utilizaria. Estava habituado a fazer pipoca em panela de pressão e sempre funcionou relativamente bem, mas haja vista que no momento tenho apenas 3 panelas, e nenhuma era de pressão, escolhi a mais feia e barata (aliás, ganhada numa dessas promoções de supermercado), afinal era só pra fazer pipoca.
E lá fui eu:  Panela no fogão, fogão aceso, óleo na panela, dois punhados de milho na panela,
 [fecha tampa, mexe panela, abre tampa, olha se estourou tudo,  fecha tampa ] , repete o processo sublinhado aproximadamente 12 vezes;  passado o tempo habitual de aproximados 3 minutos, pouco houvera estourado e um cheiro de queimado se espalhou, tomando conta daquele ambiente hostil e do resto do micro-apartamento  apartamento. Resolvi rapidamente que o melhor seria apagar o fogo.
Fogo apagado, ainda estouraram algumas então pensei: se eu deixar mais 1 minuto pode ser que o restante (praticamente tudo) estoure. Reacendi o fogo e esperei aproximadamente mais 1 minuto, quando o cheiro de queimado se alastrou por todo o prédio e no máximo mais umas 15 malditas pipocas estouraram.
Merda feita, concluí que a saída era aproveitar o que desse, então abri a panela, catei as pipocas que tinham estourado e pus numa outra vasilha, deixando de lado aqueles malditos piruás PREMIUM queimados.
Eis o resultado:


Conforme a imagem, para minha desilusão não deu nem uma mão cheia de pipoca “Premium maior, mais macia e muito mais gostosa”
E pra piorar, as que separei no balde ficaram com gosto daquelas pipocas super torradas (aquelas que tinha o carinha na capa com o machado na mão parecendo uma mistura de he-man indígena com Thor) , mirradas e duras.


Em suma, nada foi aproveitado, a não ser o conhecimento adquirido...
Ó os piruás PREMIUM queimados ai: (acho que o premio é pra quem conseguir estourá-los)


Mas nem tudo foi perdido...embora a pipoca não tenha prestado pra nada e meu filme teve que combinar com biscoito integral água e sal, ao cheiro de pipoca, aprendi minhas primeiras lições culinárias:
Lição 1: Olhar bem todos os lados da panela antes de levar ao fogo pela primeira vez, e conferir se não tem nenhum adesivo pregado e caso tiver, retirá-lo pois eles derretem ou queimam e consecutivamente fedem..(pode parecer extremamente retardado – e é - mas sequer observei que tinha um adesivo pregado na panela...e se tivesse visto também não teria tirado.)

Lição 2: aprendi a fazer pipoca super-torrada.
Lição 3: realmente é necessário um exaustor ou coifa para se cozinhar em apartamento porque o cheiro se espalha mais rápido do que você possa dizer ou pensar “MEU DEUS, E AGORA O QUE QUE EU FAÇO????”
Lição 4: Realmente limpar fogão inox é uma merda. (e sim, consegui sujá-lo bastante fazendo pipoca; nas fotos acima ele teoricamente já estava limpo)
Lição 5: Atente-se aos rótulos; realmente a pipoca PREMIUM XXXX yoki só serve para “suas horas de lazer com a família e amigos porque se fizer sozinho ela simplesmente não estoura.

Brincadeiras à parte algumas lições realmente foram válidas e espero adquirir logo meu forno micro-ondas!!!







terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Prólogo

Como já adiantado no título, sou um completo leigo no assunto culinária, recém chegado aos 30 com direito a todos os seus dilemas existenciais e agora com uma cozinha pra pilotar. Percebi que quando abandonamos a casa dos 20, é necessário cuidar um pouco mais da saúde (nunca dantes cuidada haja vista nossos superpoderes joviais) e por isso fazer seus próprios pratos e abandonar um pouco os fast foods pode ser uma alternativa interessante. Sempre me interessei pelo assunto mas nunca fiz sequer um arroz então certamente a caminhada será longa e muitas vezes desastrosa. É também o meu primeiro contato com o mundo dos blogs então também tenho muito a aprender em ambas as áreas (culinária e blogs) e dicas serão sempre bem vindas. Gosto muito de escrever também, então acho que na realidade tudo é uma grande desculpa para unir o útil ao agradável e aprender a cozinhar de uma forma mais prazerosa, dinâmica e interativa.
Como primeiro post ficarei apenas com esta introdução acerca da pretensão deste blog e assim que der uma geral na minha micro-cozinha  cozinha postarei fotos da mesma, que será o palco de muitas histórias.